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sábado, julho 28, 2007

Os óculos de Niels Bohr


Estas viagens pelo espaço, as estadias noutros planetas, os testes médicos, tudo isto é uma insidiosa mentira, um logro de que me vali, por estar 3 meses a cagar no blog…

Muito astutamente, para justificar o tempo de ausência, decidi inventar uma credível história de rapto por extraterrestres.

Tenho de reconhecer que foi uma maquinação genial…

O sucesso do ardil deve-se à sua terrível simplicidade: um tubo e um pacote de leite meio gordo. Mas não deixa de ser degradante o facto de não ter colocado o leite previamente no frigorífico…

Tal gesto será punido e manchado por eterna vergonha!

Eu mesmo aplicarei o castigo!

Serei severo, para que não restem dúvidas…

Assim, como forma de penitência, procederei à aniquilação de um item de grande valor.

Foi-me deixado em testamento, por uma tia que nunca conheci, que viveu muitos anos na Europa e que tinha grande estima por este objecto.

Trata-se, nem mais nem menos, que os óculos do famoso físico Niels Bohr!

Ora, como se observa, Niels Bohr não usava óculos.

Isto faz do objecto, único!

Tinha-os cá em casa, num pequeno altar…

posted by: João @ 02:32

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terça-feira, julho 24, 2007

Em testes

No Domingo fiz 35 anos e quis marcar a data fazendo-a coincidir com o início dos testes que tinha programados para o meu novo órgão reprodutor.

Foram apenas testes experimentais, sem nenhum objectivo concreto, destinaram-se unicamente, agora numa primeira fase, à observação de como se comportaria sujeito a determinados estímulos.

Comecei por um teste a que chamei “Estímulo da fricção contínua e ritmada”, podendo verificar resultados muito interessantes, embora ainda pouco conclusivos. Como é óbvio serão necessários mais testes, mas as coisas parecem-me francamente animadoras.

posted by: João @ 13:41

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quinta-feira, julho 19, 2007

Abdução

Não tenho explicação para quase 3 meses de ausência, mas quando os extraterrestres me raptaram da minha casa (e eu mal me apercebi disso, de tão rápido que foi) apagaram de imediato a minha memória.

Agora, durante o rapto, já não deixam uma pessoa passar pela experiência da viagem. A memória é apagada a intervalos de tempo e espaço, o que significa que quando cheguei á nave já não sabia que tinha vindo de casa, ou que, quando passei pela lua, não sabia que estava numa nave vinda da terra, que me raptou de casa.

Uma pessoa só sabe, e só durante determinado momento, que, de facto, está em algum lado, mas não sabe de onde veio ou o que se passou.

De início pensei que este método era destinado ao desgaste da moral, induzido pelo permanente estado de confusão. Isso porém não é verdade, a confusão existe apenas durante um curto período de tempo e, quando a memória é apagada novamente, já não nos lembramos que estivemos confusos, não resultando daí nenhum desgaste.

Não percebo porque não continuam a apagar a memória só no fim, como sempre fizeram desde que andam a levar pessoas.

A nave transportou-me então através do espaço para uma longínqua Galáxia, em direcção a um pequeno planeta onde ficavam as instalações para onde seria levado a seguir.

As instalações eram de enorme semelhança com a minha sala, uma ilusão destinada a tranquilizar-me, claro, mas muito bem conseguida, á custa, sem dúvida, do enorme avanço tecnológico.

Quando as experiências médicas começaram quiseram cruzar-me com uma Cânon MP160 a jacto de tinta. Isso seria estúpido, pelo que recusei. Já temos essa tecnologia disponível e está quase obsoleta.

É claro que não me lembro de nada disto porque me apagaram a memória, mas noto mudanças no meu corpo. Para melhor.

posted by: João @ 19:56

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