Quis saber quem sou O que faço aqui Quem me abandonou De quem me esqueci Perguntei por mim Quis saber de nós Mas o mar Não me traz Tua voz.
Em silêncio, amor Em tristeza e fim Eu te sinto, em flor Eu te sofro, em mim Eu te lembro, assim Partir é morrer Como amar É ganhar E perder
Tu vieste em flor Eu te desfolhei Tu te deste em amor Eu nada te dei Em teu corpo, amor Eu adormeci Morri nele E ao morrer Renasci
E depois do amor E depois de nós O dizer adeus O ficarmos sós Teu lugar a mais Tua ausência em mim Tua paz Que perdi Minha dor que aprendi De novo vieste em flor Te desfolhei...
E depois do amor E depois de nós O adeus O ficarmos sós
Sei que prometi desistir, mas tenho vindo sorrateiramente ver o último post... acho que é uma história tão triste... revejo-me perfeitamente no belo e harmonioso herói do filme…
Ele sabe que está numa relação fora do tempo, está num filme a preto e branco, a Internet ainda não foi inventada e, se continuar com o blog, como é sua vontade, ficará perante um paradoxo. E isso, nos tempos dos filmes a preto e branco, era o suficiente para se deixar de ser convidado para as festas da sociedade.
Nesse caso, seria difícil encontrar noiva e acasalar. Provavelmente deixaria também de ser convidado para a caça á Raposa, já que as caçadas são combinadas nas festas. Seria então também pouco provável encontrar Raposas e acasalar.
Mas outras dúvidas, mais negras, martirizam o formoso herói: conseguirá ele manter o blog actualizado? E para quê? Ninguém pode comentar, não existe Internet!
O esplêndido herói decide assim renunciar á relação. Com o espírito negro como chumbo, ele anuncia: "Hoje é o último post..."
Contudo, esta promessa é quebrada logo a seguir: ele nunca chega a colocar o último post, limita-se apenas a desligar o sistema. Mentiu, portanto.
Este tipo de escumalha merdosa e com bigodinhos rabetas é que me fazem perder a fé nas pessoas, foda-se! Então não era muito mais bonito dizer a verdade? Porque é que há-de estar a dizer que é o último post se depois não vai escrever nada?
Esta desafeição, estas mentiras, tudo isto me enoja...
Infelizmente ainda não percebi bem a história, por isso choro sempre no final... não consigo evitar... saio de rastos, vergado ao peso do drama…