quinta-feira, julho 19, 2007
Abdução
Não tenho explicação para quase 3 meses de ausência, mas quando os extraterrestres me raptaram da minha casa (e eu mal me apercebi disso, de tão rápido que foi) apagaram de imediato a minha memória.
Agora, durante o rapto, já não deixam uma pessoa passar pela experiência da viagem. A memória é apagada a intervalos de tempo e espaço, o que significa que quando cheguei á nave já não sabia que tinha vindo de casa, ou que, quando passei pela lua, não sabia que estava numa nave vinda da terra, que me raptou de casa.
Uma pessoa só sabe, e só durante determinado momento, que, de facto, está em algum lado, mas não sabe de onde veio ou o que se passou.
De início pensei que este método era destinado ao desgaste da moral, induzido pelo permanente estado de confusão. Isso porém não é verdade, a confusão existe apenas durante um curto período de tempo e, quando a memória é apagada novamente, já não nos lembramos que estivemos confusos, não resultando daí nenhum desgaste.
Não percebo porque não continuam a apagar a memória só no fim, como sempre fizeram desde que andam a levar pessoas.
A nave transportou-me então através do espaço para uma longínqua Galáxia, em direcção a um pequeno planeta onde ficavam as instalações para onde seria levado a seguir.
As instalações eram de enorme semelhança com a minha sala, uma ilusão destinada a tranquilizar-me, claro, mas muito bem conseguida, á custa, sem dúvida, do enorme avanço tecnológico.
Quando as experiências médicas começaram quiseram cruzar-me com uma Cânon MP160 a jacto de tinta. Isso seria estúpido, pelo que recusei. Já temos essa tecnologia disponível e está quase obsoleta.
É claro que não me lembro de nada disto porque me apagaram a memória, mas noto mudanças no meu corpo. Para melhor.
posted by: João @ 19:56
+ + +
0 Comments:
<< Home