quarta-feira, outubro 25, 2006
Olá!, que barriga é essa...?!
Há quase 11 meses que vou de comboio para o trabalho. Sempre atrasado para lá, sempre á hora certa para cá. Gosto de chegar cedo a casa. Acho que tenho essa responsabilidade.
Do comboio já conheço outras pessoas, de vista, que também já me conhecem, de vista. Vá lá, uma pessoa, de vista, pronto. Uma mulher.
Ela é uma mulher nos seus trinta e tal, quatro, ou cinco, não sei, anos. Um metro e setenta e(?)... dois, loira escura, cabelos abaixo dos ombros, lisos, olhos grandes. Tem uma postura discreta. Desde o primeiro dia que sinto ali uma candura, uma docilidade quase infantil; mas também um carácter dominante, talvez pela intensidade com que ela projecta o olhar, pelo menos é essa a sensação que tenho. Mas isso não interessa, são apenas considerações, consigo ver além disso. A realidade é que ela é bem boa.
Há uns meses atrás, poucos, noto que ela está grávida. Isto para mim foi um choque! Não era meu, de certeza. Mas mesmo assim; liguei-me a esta pessoa; é a única a quem dou os bons dias, de vista; não faço isso a mais ninguém; com os outros é só vista, mais nada. E descobrir assim, no comboio, que ela está grávida...
Tenho vontade de abordá-la.
- Então, como é...?
- Desculpe?
- Como é!!!
- Desculpe, mas...
- PENSAS QUE NÃO SOU CAPAZ DE ARMAR BARRACA NO COMBOIO, É ISSO?? É ISSO QUE TU PENSAS???
- Olhe!, o senh...
- OLHA QUE TU NÃO ME CONHECES, Ó PORCA!!! OLHA QUE TU SÓ ME CONHECES DE VISTA!!!
Agora já aceito melhor as coisas. Conheci-a enquanto ainda não se notava a barriga, e agora. Tenho acompanhado esta fase, vejo a evolução de dia para dia, vejo a criança crescer. De alguma forma sinto que tenho responsabilidades, de vista.
Tenho de me decidir e meter conversa com ela. Chego lá, muito educadamente, apresento-me, exponho-lhe a situação, como vejo as coisas, e digo-lhe que temos de começar a planear o futuro. Que quero ter parte activa no crecimento do bébé e influência na sua educação. E que não me arranje problemas, que não se ponha com merdas, que os tribunais estão aí é para isso.
Do comboio já conheço outras pessoas, de vista, que também já me conhecem, de vista. Vá lá, uma pessoa, de vista, pronto. Uma mulher.
Ela é uma mulher nos seus trinta e tal, quatro, ou cinco, não sei, anos. Um metro e setenta e(?)... dois, loira escura, cabelos abaixo dos ombros, lisos, olhos grandes. Tem uma postura discreta. Desde o primeiro dia que sinto ali uma candura, uma docilidade quase infantil; mas também um carácter dominante, talvez pela intensidade com que ela projecta o olhar, pelo menos é essa a sensação que tenho. Mas isso não interessa, são apenas considerações, consigo ver além disso. A realidade é que ela é bem boa.
Há uns meses atrás, poucos, noto que ela está grávida. Isto para mim foi um choque! Não era meu, de certeza. Mas mesmo assim; liguei-me a esta pessoa; é a única a quem dou os bons dias, de vista; não faço isso a mais ninguém; com os outros é só vista, mais nada. E descobrir assim, no comboio, que ela está grávida...
Tenho vontade de abordá-la.
- Então, como é...?
- Desculpe?
- Como é!!!
- Desculpe, mas...
- PENSAS QUE NÃO SOU CAPAZ DE ARMAR BARRACA NO COMBOIO, É ISSO?? É ISSO QUE TU PENSAS???
- Olhe!, o senh...
- OLHA QUE TU NÃO ME CONHECES, Ó PORCA!!! OLHA QUE TU SÓ ME CONHECES DE VISTA!!!
Agora já aceito melhor as coisas. Conheci-a enquanto ainda não se notava a barriga, e agora. Tenho acompanhado esta fase, vejo a evolução de dia para dia, vejo a criança crescer. De alguma forma sinto que tenho responsabilidades, de vista.
Tenho de me decidir e meter conversa com ela. Chego lá, muito educadamente, apresento-me, exponho-lhe a situação, como vejo as coisas, e digo-lhe que temos de começar a planear o futuro. Que quero ter parte activa no crecimento do bébé e influência na sua educação. E que não me arranje problemas, que não se ponha com merdas, que os tribunais estão aí é para isso.
posted by: João @ 19:45
+ + +
1 Comments:
Força Roque, ela tem q«ue compreender que para a próxima tem que dar explicações. Há que ter responsabilidades para contigo, tu não podes ser tratado como se não existisses.
Abraço do amigo China
P.S. se precisares tens aqui um ombro amigo. Ganda vaca. Nunca gostei dela
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